Meia xícara de arte
quarta-feira, 4 de janeiro de 2023
tragédia
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
Mais je ne la veux pas.
Ils ont volé ma joie de vivre
Est-il, l'ennemi, public ou privé?
C'est vrai! J'ai déjà été heureux!
Et je prie, je crie, je lamente
Vivre
Malgré tout, vivre
domingo, 9 de outubro de 2022
Lugares e Pessoas
Também como eles, daqui às ilhas do Caribe, tive algo roubado
O lugar, as Pessoas, todos que estavam ali.
Possuídos, condicionados, cortados.
As ruas dos lugares que vivi trazem um pouco daquilo que não se tem mais
nas memórias enfurnadas entre os comércios, ruas, casas, praças e rostos conhecidos.
Mas metade das portas foram fechadas e o vento já não leva uma brisa tão fresca pelas ruas como antes.
E pior, até mesmo minha antiga casa virou parte da realidade bruta, que espanca a memória.
Lugares continuam a existir sem que estejamos lá, o mundo de fato, gira.
Mas quando voltamos, porque já não vemos mais nada? Não sentimos mais nada
Não há com quem falar, não há teto onde dormir, há apenas um lugar
Que existiu mas hoje faz algum papel que não me incomodo em explorar
As Pessoas não continuam
Como colonizados, levados embora, um à um
Ou eu, ou eles, não fujo da fila nem tento interromper a roda, que gire
Às vezes, até mesmo, por vontade própria,
com despedidas esganadas pelos dentes que saem pelos lábios quase como um suspiro
Os lugares e as Pessoas vão
E não saber pertencer pode até não ser tão ruim quanto não saber sobreviver
à todas as mudanças e navios piratas que nos levam de tempestade em tempestade
E passamos os dias nos perguntando até quando esse casco irá suportar o tranco das marés
terça-feira, 23 de agosto de 2022
"Manipulador, fez sua decisão e que vá com Deus!"
quarta-feira, 11 de agosto de 2021
Tempo
domingo, 7 de fevereiro de 2021
A situação do meu peito em Fevereiro
domingo, 8 de novembro de 2020
Meu cemitério de navio
Há alguns dias abandonei navio
Pulei em água fria, minhas juntas petrificaram-se em gelo
Achei que estava fugindo dos problemas
Que a tripulação era o que eu ia deixar pra trás
Mas na água me rondavam as almas dos meus mortos
Olhavam pra mim com os mesmos olhos de quando morreram
O medo da escuridão abaixo d'água e a companhia fúnebre
Só me senti mais sozinho, mais frio, mais derrotado
Meu corpo foi até o fundo, onde pensei que fugiria
Matei tudo, matei todos, morri comigo mesmo
Acenderia um cigarro nas profundezas do meu medo?
É apenas o que faço, espero as almas se assentarem
Mas sempre correm a minha volta com medo e agitadas
Há alguns dias abandonei navio
E enterrei ele comigo mesmo
Em meio ao oceano
Cavei minha cova e morri com meus medos
Porque tive medo de enfrenta-los
Então os afoguei, junto do meu corpo
Onde todos morremos de olhos fechados
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O turbilhão subiu das pernas para o peito Deixou minhas panturrilhas com um vazio dolorido Mas a latência involuntária não é mais como mil a...