sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Mais je ne la veux pas.

Ils ont volé ma joie de vivre

Est-il, l'ennemi, public ou privé?

Si public, est-il le monde en guerre contre moi,
qui perece, sans armes? 
Ou, est-ce qu'elle me manque la capacité de bien  voir le monde et de ne plus me blesser

Si privé, je me'en prie, donnez-le moi
Ça déjà existait, je sais, je me souviens,
c'est pas une mensonge

C'est vrai! J'ai déjà été heureux!

Et je prie, je crie, je lamente 

Vivre

Malgré tout, vivre

domingo, 9 de outubro de 2022

Lugares e Pessoas

 Como meus antigos dessas terras, o espelho me deixa atônito
Também como eles, daqui às ilhas do Caribe, tive algo roubado 
O lugar, as Pessoas, todos que estavam ali. 
Possuídos, condicionados, cortados.

As ruas dos lugares que vivi trazem um pouco daquilo que não se tem mais
nas memórias enfurnadas entre os comércios, ruas, casas, praças e rostos conhecidos.
Mas metade das portas foram fechadas e o vento já não leva uma brisa tão fresca pelas ruas como antes. 
E pior, até mesmo minha antiga casa virou parte da realidade bruta, que espanca a memória.

Lugares continuam a existir sem que estejamos lá, o mundo de fato, gira. 
Mas quando voltamos, porque já não vemos mais nada? Não sentimos mais nada
Não há com quem falar, não há teto onde dormir, há apenas um lugar
Que existiu mas hoje faz algum papel que não me incomodo em explorar

As Pessoas não continuam
Como colonizados, levados embora, um à um 
Ou eu, ou eles, não fujo da fila nem tento interromper a roda, que gire
Às vezes, até mesmo, por vontade própria,
com despedidas esganadas pelos dentes que saem pelos lábios quase como um suspiro

Os lugares e as Pessoas vão
E não saber pertencer pode até não ser tão ruim quanto não saber sobreviver
à todas as mudanças e navios piratas que nos levam de tempestade em tempestade
E passamos os dias nos perguntando até quando esse casco irá suportar o tranco das marés

terça-feira, 23 de agosto de 2022

"Manipulador, fez sua decisão e que vá com Deus!"

"Estrela do meu céu", me chamou em embriaguez
Acreditei que era, mas o céu logo escureceu 
e estrelas não couberam mais

"Filho" era como me chamava nos finais de semana intercalados
enquanto o processo judicial era feito para me privar auxílio
o emocional era de distância, desde o início

Por duas letras do meu nome é como elas me chamavam
a primeira, falando alto, não gritando, dizia que me amava
A segunda, quando não gritava, fazia o mesmo

Como torres gêmeas, a primeira explodiu, aos destroços
olhei para cima e torci para ser esmagado, levado junto
E então vi minha morada, a outra metade, ainda de pé

Tremendo, quase um arranha céu pêndulo
Corri e chamei de moradia. Ferido e instável
Me propus a ser cimento, tijolo, ferramenta

Mas quando as portas abriram, não havia mais prédio
Não havia cor, nem cheiro nem calor
Só um terreno baldio ao lado dos recentes destroços

Sempre imaginei os natais e em como eu seria chamado
Mas cada vez foram chamando menos
Os natais continuam 
E meu nome, ou apelido, por poucos, ainda mantido