segunda-feira, 8 de outubro de 2018

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Estou ouvindo a música nova do Young The Giant em loop. Se você quiser mesmo ler esse texto, sugiro que a ouça enquanto isso, ela se chama "call me back". E sim, isso é também uma forma de que eu possa ouvir música na terapia de novo. Eu gosto muito de música, acho que faz tudo uma coisa melhor. É um intensificador de ânimos, acho que pessoas sentimentais demais ouviram muita música.
Eu fumei um cigarro agora, ele foi uma sensação boa. E outra que eu, mesmo gostando, não me livrei nem por um instante de todos os sentimentos ruins que me trazem até ali, aquela tragada cinza que queima.
Fumo e me completo de alguma maneira. Me dou par. Me tiro da solidão e me coloco num lugar à dois. Ou não, talvez não seja isso. Talvez seja o jeito que ele se acomodou em mim. Parte de mim. De quem eu sou. Por que? Talvez não seja isso e talvez isso nem mesmo seja de verdade. Os dias passam e parece menos fácil agora. Já estava difícil antes. Como me livrar? Será que está tudo na minha vontade?
Estou reflexivo, mas divagando bastante.
Passo os dias tendo ideias e seus respectivos detalhes e progressos e conceitos. Me impressiono com elas. Mas junto com minha criatividade também ganhei a preguiça e a falta de uma boa memória. Nunca lembro das ideias. Quando lembro, costumo a ter preguiça para anotar. E então me torno um criativo procrastinador. Não sei o quanto me orgulho disso. Mas olha aí, to escrevendo e isso é algo. Produzindo.
Produzir satisfaz e por quê isso? Estou questionador hoje. E um texto de questões serve mesmo pra te deixar mais curioso do que quando começou, muito mais. Me desculpe, eu também fico curioso. As perguntas só flutuam, nunca caem, nunca alçam vôo.
Feliz é o ignorante que pensa que sabe. Porque quanto mais você pensa, mais pergunta, mais conhece, mais sofre também. E o descompromissado pensador paga pelo preço do conhecimento. Conhece, se expande e então se perde.
Perdido.
Perdido mesmo? Não sei.