Na viagem pra casa, senti liberdade
Acho que liberdade pode ser felicidade
Solto como pena, urgente como bala
Bala perdida mas que progride, que avança, que atinge
Me senti grande, implacável, claro
Fugido da bad vibe, preocupações em standby
Me limito ao vento gelado no rosto
Sorriso disposto, luz de novo
Faço de tudo uma metáfora
Pequenas histórias ensaiadas
Me sinto aberto para os dois lados, inspirar, expirar
Pronto para seguir, orgulhoso de partir
Mas as manhãs silenciosas ainda me assustam
Saudade irracional, ferida com sal
A cicatriz no braço esquerdo fica mais clara
O zumbido insistente me abala
Tomo banho, água fria no cabelo
Me limpo e me foco, volto logo
Agora é hora de sair de casa, sorriso na cara
Rosto no vento, amor no peito
Me perco, por fim, nas cicatrizes de corpo e alma que me enfeitam
Linhas tortas que me desenham
Me lembram como fui forte, como cheguei tão longe
Como encarei as verdades, como ganhei liberdade
Nenhum comentário:
Postar um comentário