domingo, 26 de novembro de 2017

50/50

Sonhei. Quando acordei, procurei o significado e era afeto. Falta dele. Tenho. Preciso? Quero. Deveria? Sinto. E aí a dor no peito, um sopro frio dentro do corpo oco. E se meu corpo é vazio, minha alma é cheia, transbordando. Sou ímpar, de extremos. Ambíguo. Composto de opostos. Preocupado demais com o que pensam e nervoso demais com o que fazer, com o que dizer. À quem dizer, como, quando e por quê. Atento aos gestos, sou ansioso por abrigo e temeroso da solidão. Como posso amar tanto a companhia da minha sombra dançante pelas luzes de natal e chorar pela ida deles? Procuro a resposta nas nuvens, nos momentos de meditação, nas descobertas musicais e nas histórias que me tocam.  Procuro respostas.

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