Me desculpe razão, mas não importa o quanto eu te idolatre, você não tem espaço nesse argumento. Porque eu sei, qualquer um diria que aqui é meu lugar de conforto. No quarto da minha casa na minha cidade pacata às sete da noite com a brisa fresca entrando pela janela. A música me agrada, o clima também. E minha casa é a mais ordinária e cheia de conforto que se possa imaginar. Mas não é aqui. Não é aqui meu lugar para agora.
Acho que talvez esse seja bem longe daqui, no alto de uma montanha a ver o sol se por. Ouvindo música com algumas companhias agradáveis que insistem em conversar sobre os porquês e pra quês da vida. Talvez meu lugar não seja físico. Talvez seja tudo na minha cabeça.
Na verdade, é claro que está tudo na minha cabeça. E fugir talvez me distanciasse dos problemas que me cercam por aqui. Fugir com as pernas ajuda a fugir com a mente, provavelmente porque somos limitados psicologicamente nesse quesito. E isso é bom, não?
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