Cansei de ouvir que o poeta é um fingidor que finge a dor que deveras sente. Porra, Pessoa, não concordo com você. Porque se o fizesse, poderia me chamar de poeta? Teria que ser um fingidor? Não concordo. Se escrevo é porque tenho rebeldia e arrogância necessárias para salvar minhas palavras em textos e expor minhas verdades como se elas pudessem ser as verdades dos outros. Não são. Se escrevo nem gosto de pensar o porquê, mas não gosto de nada que me categorize em algum grupo. Poeta, escritor, qualquer coisa. Escrevo com minhas regras porque são meus sentimentos, minhas palavras e de mais ninguém. É meu mundo e nele posso até fingir, mas evito. Posso ser verdadeiro, mas é difícil. Posso muita coisa. É um lugar onde tenho controle e nossa, como isso é surreal. Como se eu podesse so esqueser os acentos e nao penssar na ortographia. Porque é meu. Eu quero. Eu posso.
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