sábado, 21 de janeiro de 2017
Armadilha
Sinto os dentes da armadilha furarem meu tornozelo. Estou estático. Preso como um urso indefeso no meio da floresta. Qualquer movimento pode aumentar a ferida e fazer sangue jorrar por todos os lados. Olho para o meu pé dentro dos dentes e me pergunto se isso irá me libertar tão cedo. Agora dói, a incerteza me captura em angústia. Mas a maior dor não é a mordida ou a prisão temporária. A maior dor é continuar imaginando como vai ser quando eu for libertado. Continuo imaginando quanto sangue vai sair e quanto tempo irá demorar pra cicatrizar. Tudo de novo. Dor e Choro. Me dar por todo. Sem pedidos de socorro. Não quero ser solto.
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