Estou na orla do Gragoatá, meu campus da UFF. Estou deitado na grama e meus pés descalços sentem o vento gelado bater com uma sensibilidade atípica. O som é da água batendo nas pedras logo abaixo e o cheiro é de mato e água. Eu gosto daqui, de olhar toda a quantidade de água que se alastra até a enorme ponte Rio-Niterói e além dela. Também gosto dos diversos barcos, navios, barcas ou seja lá os nomes desses veículos aquáticos que se espalham como brinquedos de criança pequena pelo chão da sala. Tudo isso me conforta, me acalma.
Porém, não estou realmente lá. Estou em casa, sentado na varanda a ver nada além do meu quintal e seus muros. Mas sou um escritor, logo, um mentiroso. Não estive, de fato, em metade dos lugares que visitei. Alguns eu criei, outros arranjei passagens temporárias, universos alheios. Sempre um anfitrião de escassos leitores ou um convidado de amigos escritores.
De palavras somos todos turistas.
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
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"De palavras somos todos turistas" que d+!
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